
🧠 Reflexão
A palavra “verdade” carrega um peso quase sagrado. Mas raramente nos perguntamos: “Verdade para quem?”
Cada um de nós carrega a sua lente, construída ao longo de anos — por cultura, educação, medos e desejos. Mesmo quando duas pessoas usam a mesma palavra, a experiência por trás dela pode ser totalmente diferente. E, por isso, o que chamamos “verdade” costuma ser apenas uma interpretação com estatuto emocional de certeza.
A verdade absoluta — se existe — nunca está totalmente acessível. O que temos são fragmentos, versões, aproximações. Como diz o velho ditado: quem vê de dentro de um poço chama o círculo de céu que vê de “universo”.
E, no entanto, agarramo-nos a essas “verdades” como se delas dependesse a nossa existência. Talvez dependa mesmo — não por serem verdadeiras, mas por serem a âncora da nossa identidade.
🧭 Proposta
Talvez o mais honesto não seja dizer: “Esta é a verdade.”
Mas sim: “Esta é a forma como vejo, por agora.”
Talvez não precisemos de certezas para caminhar. Talvez baste abrir espaço para o que é, sem o reduzir a rótulos.
Duvidar não é fraqueza — é maturidade.
Adiar o julgamento é liberdade.
E reconhecer a subjetividade é o primeiro passo para compreender o outro.
A verdade que vale, talvez, não seja a que impomos.
Mas a que permite espaço — para crescer, mudar, respirar.